Modelos produtivos e relação salarial naindústria automobilística da região metropolitana de Curitiba-Paraná
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Date
2011Author
Neves, Lafaiete
Lourenço, Franciele
D'Avila, Jamil
Tocach, Regis
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O presente artigo tem por objetivo analisar as relações entre as montadoras Renault/Nissan e Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba- SIMEC e as Comissões de Fábrica, na construção da política salarial das montadoras no Município de São José dos Pinhais, Paraná, Brasil, no período entre 1990 a 2009. Visa também ampliar os debates a respeito da política salarial criada dentro das montadoras Renault/Nissan e Volkswagen, no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, bem como identificar o papel da comissão de fábrica e do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba – SIMEC na construção da pauta de reivindicações e os acordos coletivos da categoria metalúrgica da indústria automotiva e; demonstrar lutas reivindicativas da categoria metalúrgica das montadoras Renault/Nissan e Volkswagen na busca de conquistas por melhores salários e condições de trabalho para a categoria. Para tanto, é necessário conhecer os perfis dos trabalhadores do meio automotivo da Região metropolitana de Curitiba. Os interesses, atitudes, reações, participação e negociação para fins de acordos salariais foram analisados, visando sua utilização aplicada ao estudo da política salarial nas indústrias automotivas. O setor automotivo foi escolhido por sua importância considerável, neste caso, os avanços salariais históricos, que servem de exemplo para todo o país, mesmo que estes tenham sido lentos e o automóvel, ser um dos produtos de maior valor agregado pelo consumidor brasileiro. Para a realização deste artigo foi aplicado um questionário qualitativo e quantitativo às montadoras Renault/Nissan e Volkswagen, cujo critério de escolha para aplicação dos questionários, levou em consideração os trabalhadores de chão de fábrica, que participam da Comissão de Fábrica nas duas montadoras; devido a esses estarem acompanhando sistematicamente as negociações salariais e por estarem articulados com o Sindicato dos Metalúrgicos. Em um segundo momento, também foram aplicados questionários para os trabalhadores que não pertenciam à Comissão de Fábrica, para que possa ser confrontados os resultados. O universo utilizado foi de 33 trabalhadores, divididos em 14 funcionários da Volkswagen e 19 da Renault. Tanto a metodologia quanto os resultados encontrados poderão contribuir para o sindicato e as comissões de fábricas, definir estratégias de políticas salariais que satisfaçam os interesses da classe trabalhadora, de forma rápida e eficiente, reduzindo assim a exploração da força de trabalho.