Gestão da informação no processo de transferência tecnológica: estudo de caso na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
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Date
2011Author
Moreira da Silveira, Marta Maria
Da Silva Maia, Paulo Ricardo
Carvalho Ferreira, Sandra Lucia
Guerra de Almeida, João Aprigio
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INTRODUÇÃO: Em outubro de 1943 foi implantado o primeiro Banco de Leite Humano (BLH) no Brasil no Instituto Nacional de Puericultura. O público alvo dos BLH são as crianças prematuras ou com carências nutricionais importantes e as que apresentam reações alérgicas ao leite artificial. Nas décadas seguintes várias outras Unidades foram instaladas, até que, em 1998, a Fundação Oswaldo Cruz, através do Instituto Fernandes Figueira, passou a coordenar a elaboração e implantação do projeto Rede Brasileira de Banco de Leite Humano, tendo como objetivo nortear a formulação, implementação e acompanhamento da política estatal no âmbito de atuação dos Bancos de Leite Humano do país. Em decorrência se instala um processo de crescimento pautado na descentralização e na construção de competência técnica nos estados e municípios centrados no compartilhamento do conhecimento. Em 2001 a Organização Mundial da Saúde conferiu ao projeto o prêmio Sasakawa de saúde pública. Desde então já foram oficializados 23 termos de cooperação técnica com países da América Latina, África e Europa. A expansão da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano -RedeBLH- assume papel estratégico identificado através dos dados quantitativos disponíveis já como resultado do esforço de organização da Rede. No período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010, foram atendidos, nos 200 Bancos de Leite Humano instalados, aproximadamente 6 milhões de usuários, entre gestantes, nutrizes e recém natos prematuros, evidenciando impacto positivo no campo da saúde materno-infantil brasileira. Hoje o desafio é romper com as barreiras tecnológicas e de gestão que dificultam os avanços na direção da plena apropriação do conhecimento. A expansão que ocorre nos remete à busca de inovações no sistema de informação e de acesso ao conhecimento. Por este motivo tornam-se necessárias investigações para o desenvolvimento de um modelo eficiente e inovador de transferência de conhecimento entre pessoas, organizações e os atores integrantes da REDE. OBJETIVOS: Avaliar a aplicação do modelo de Zack (1999) para Sistemas de Informação, visando alinhar a oferta e demanda do conhecimento. Espera-se que, com os resultados obtidos na aplicação do modelo, seja possível: identificar os usuários da RedeBLH; ampliar o acesso do sistema de informação na Rede; elaborar estratégias locais, regionais, nacionais e internacionais para compartilhar o conhecimento e a informação na Rede de Bancos de Leite; METODOLOGIA: O referencial teórico do estudo está ancorado nos preceitos da teoria das organizações, na filosofia da ciência e na saúde coletiva Para cumprir os objetivos propostos foram desenvolvidas as seguintes etapas:- estruturação dos repositórios de conhecimento explícito; estruturação das refinarias para o acúmulo, refino, gerenciamento e distribuição de conhecimento; identificação dos papéis organizacionais para executar e gerenciar os processos de refinamento; definição da Tecnologia de Informação para sustentar os repositórios e os processos. DISCUSSÃO E RESULTADOS: O estudo evidenciou que é possível e necessário a implantação de um Sistema de Gestão do Conhecimento para a RedeBLH. A essência deste sistema é a produção e apropriação do conhecimento socialmente distribuído. Este fundamento deve ser garantido pelo trabalho em 2 rede, de modo a articular indivíduos, grupos e instituições que participam da RedeBLH.