Perspectivas e restrições na comercialização de produtos por empresas de base tecnológica

Abstract

É incontestável a relevância do papel desempenhado pelas chamadas “empresas de base tecnológica”, num cenário econômico em que a ge ração de inovações tecnológicas constitui-se requisito para a inserção competitiva de empres as localizadas em economias em estágios ainda incipientes, do ponto de vista do desenvolvime nto tecnológico. Por conseguinte, pode-se também ressaltar a criação de incubadoras de empresas de base tecnológica como uma potente ferramenta para o êxito de estratégias de “catching up” de regiões com algum retardo tecnológico. Por outro lado, considerando-se os postulados neoschumpeterianos de que a inovação tem relação direta com o mercado, é válido afirmar que o apoio às empresas incubadas deve ir além do desenvolvimento ci entífico e tecnológico do produto ou processo inovador, contemplando também o conhecimento do ambiente e estratégias mercadológicas. O artigo proposto baseia-se em estudo de caso múltip lo, realizado em três empresas oriundas de incubadoras, cujos sócios majoritários continua m os mesmos desde a criação das empresas. O processo de coleta de dados utilizou-se de ques tionários e entrevistas aplicados aos sócios ou gestores ligados à área comercial que estivesse m na empresa desde a sua fundação, além de investigação sobre a situação das empresas no mercado. A análise das empresas estudadas indica estratégias diversas de formação de es truturas de comercialização, contemplando desde a formação de canais próprios de distribuição e açõ es de divulgação, dentre outras, até o caso de uma empresa que vincula toda sua atividade comercial às ações de clientes, especialmente varejistas, dedicando-se preferencialmente às etapas de manufatura da cadeia produtiva