Uma proposta de cooperação interinstitucional para a Economia Azul
Date
2023Author
Días Chaym, Carlos
Da Silva, Fábio
Orsano Machado, Herus
Lopes Nascimento, Anderson
Emerick de Magalhães, Matheus
Metadata
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Em face as mudanças ambientais causadas pela ação humana percebidas nos últimos anos, já não é mais
possível ficar como simples espectadora dos acontecimentos. A Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), ocorrida no Rio de Janeiro em 2012 representou uma iniciativa
importante de mudança de paradigma. Nela, foi trazida à tona a importância dos oceanos, mares e ambiente costeiro para o desenvolvimento econômico sustentável. Esse movimento, que vem sendo chamado
de Economia Azul, corresponde a uma abordagem emergente que preconiza o diálogo entre a sustentabilidade em seus três pilares e os diversos setores da economia do mar (ex. Turismo, Portos, Mineração,
Produção de Energia, dentre outros) como forma de preservar o desenvolvimento econômico sustentável
para as próximas gerações. Para que essa relação efetivamente aconteça é necessária uma série de mudanças estruturais nas bases produtivas, como a adoção de descarte responsável de resíduos, cooperação
com a comunidade local, redução da emissão de carbono e, principalmente, o desenvolvimento e adoção
de inovações (sociais ou tecnológicas) capazes de tornar as empresas mais sustentáveis. As empresas, contudo, nem sempre conseguem todos os recursos necessários para desenvolver inovações para a sustentabilidade e, além disso, há uma urgência em diminuir o impacto causado por suas ações sem haver prejuízo
para seu crescimento. Com efeito, para que essas inovações surjam de forma acelerada, é fundamental a
cooperação entre universidade, governo e empresas. O presente estudo busca revisitar o papel da relação
interinstitucional entre universidade, governo e empresa onde cada um desses atores assume uma perspectiva alinhada com a ótica da Economia Azul. Como fruto dessas parcerias, chega-se ao que se conveniou
chamar de Inovações Azuis, entendidas aqui como aquelas que tornam o uso comercial dos recursos oceânicos mais sustentável.