A estratégia de ciência, tecnologia e inovação de pernambuco e a experiência com a ris3: a convergência para um modelo de desenvolvimento baseado em inovação

Abstract

Diante de uma iminente transição digital e da Revolução Tecnológica, o governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), elaborou a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para Pernambuco (ECT&I-PE) 2017-2022, instituída por meio do Decreto n° 45.314 de 17 de novembro de 2017. Baseada no tripé; conhecimento, aprendizagem e inovação, a ECT&I-PE apresenta um diagnóstico do Sistema Pernambucano de Inovação (SPIn) e propõe diretrizes que possibilitem a transição para um Estado competitivo e inclusivo. Nesse contexto, durante o período 2015- 2017, foi desenvolvido no Estado um projeto de cooperação com a União Europeia para uma experiência piloto de implantação da metodologia RIS3 (Research and Innovation Strategies for Smart Specialization) no Brasil. A RIS3 é uma metodologia importante e bastante utilizadas nas políticas de desenvolvimento regional da União Europeia para promover mudanças estruturais das economias regionais baseando-se em conhecimento e inovação e empreendedorismo. O presente trabalho faz uma análise da experiência RIS3 em Pernambuco e mostra como a metodologia pode contribuir para reforçar e aprimorar a ECT&I-PE no tocante ao fortalecimento dos Sistemas Territoriais de Inovação, além de reforçar ações para: criar uma visão compartilhada coletiva sobre caminhos a serem seguidos pelas Políticas adotadas, incentivar a governança local, alinhamento e coordenação junto a instituições responsáveis pela elaboração de políticas regionais de educação e ciência, tecnologia e inovação (a exemplo do Ministério da Educação, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, entre outros), e principalmente, disponibilizar recursos para financiar ações priorizadas de modo que a política seja efetivamente implementada. Tais resultados permitem um aprimoramento da política pública não apenas no âmbito Estadual como também para a construção de uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Regional.