Intenções empreendedoras dos estudantes de graduação e escolas profissionalizantes: o caso do Programa Cearense de Incubação Corredores Digitais
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Author
Dutra de Andrade, Roberta
Chaves Antenor, Gisele Aparecida
Fontinele Tahim, Elda
Gomes Farias, Fabíola
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É consenso que a criação de novas empresas é fator indispensável para a geração de estratégias
de recuperação, crescimento econômico e competitividade. Logo, o empreendedorismo pode e
deve ser ensinado e incentivado. Esta pesquisa visa analisar o impacto do Programa Corredores
Digitais na formação e incentivo ao empreendedorismo e na construção do perfil empreendedor
dos seus participantes. Assim, busca-se identificar se as atividades proporcionadas por esses
programas influenciam nas intenções futuras de empreender por parte dos seus participantes, a
partir do modelo teórico de Carvalho e Gonzalez (2006), que abordou os fatores que influenciam
a intenção empreendedora de jovens estudantes, como antecedentes pessoais, conhecimentos
empresariais, motivações empreendedoras, autoeficácia empreendedora e contexto institucional.
Como objeto de estudo, foi analisado o programa cearense coordenado pela Secretaria da
Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, denominado Corredores Digitais,
cujo o objetivo é a formação empreendedora de jovens de baixa renda. O estudo foi realizado
com abordagem qualitativa, de natureza aplicada, com objetivo descritivo e procedimentos de
pesquisa estudo de caso. Dois instrumentos de coleta de dados primários foram utilizados:
questionários semiestruturados com perguntas abertas, dicotômicas e de múltipla escolha, além
de grupo focal com seis jovens finalistas do programa. Verificou-se que a experiência
proporcionada pelo Programa Corredores Digitais foi fundamental para formar e oferecer a
prática do “empreender”, entretanto, os conhecim
entos empresariais ainda não estão
completamente consolidados. Foi constatado que os jovens pesquisados têm intenções
empreendedoras em aspectos como independência, desenvolvimento pessoal e de aprovação
social, mais até do que obtenção de riqueza. A propensão a riscos ainda foi um fator limitante
quanto à intenção empreendedora dos jovens que participaram da pesquisa, mas os ambientes institucionais que fazem parte do seu cotidiano estão cada vez mais os instigando ao
empreendedorismo, inovação e, sobretudo, a desenvolverem e colocarem suas ideias em prática.