Spin-offs Académicas: a Gestão de Recursos Humanos na promoção da criatividade. Estudo de caso da Comunidade IST Spin-off

Abstract

O presente artigo tem como objetivo analisar o contributo das práticas de GRH, nomeadamente recrutamento e seleção, formação e desenvolvimento, recompensas e benefícios e avaliação do desempenho, na promoção da criatividade de spin-offs académicas e consequente vantagem competitiva das novas empresas de base tecnológica. Com base na literatura existente, propomo-nos estabelecer esta ligação através do desenvolvimento de um modelo analítico que inclui dimensões relacionadas com as práticas de GRH e a gestão da criatividade e da sua aplicação em empresas da Comunidade IST Spin-off. Os resultados demonstram a especificidade destas empresas em termos de práticas de GRH. Demonstram, ainda, que algumas práticas de GRH estão relacionadas com componentes do processo criativo sobretudo no que respeita a conhecimentos técnicos e outras competências; parecem, ainda, sugerir que abaixo de um determinado limiar estes fatores constituem um facilitador, mas que em excesso podem “matar” o processo criativo.

This paper aims to study the role of HRM practices, namely recruitment and selection, training and development, rewards and performance assessment, in fostering the creativity process of academic spin-offs. This is related with the development of technological innovations and the success of these companies. Drawing on the extant literature, we build an analytic framework that intends build links between the HRM practices and the creativity management; and we apply this framework to a set of companies belonging to the Comunidade IST Spin-off. The results reveal some specificity of the companies in terms of HRM practices. They also reveal the HRM practices related with the creativity components of these firms, namely in terms of technical knowledge and other competencies. And that some HRM practices emerge both as potential enhancers and as inhibitors of creativity: below a certain threshold they work as enhancers; above it, they can “kill” the creative process.