Aquisições, fusões e alianças na convergência intersetorial sucroenergética brasileira: as novas estratégias e organização das empresas
Abstract
The sugar chain has been one of the Brazilian economy icons for centuries, but it has changed drastically since the recent turn of the century. The previous sole-product chain (sugar) comprised basically of familiar enterprises, has now become a three-product chain (sugar, ethanol and bioelectricity), with potential to become a multi-product chain, comprised by transnational companies of different sectors. Since mid 2000’s, several acquisitions, mergers and strategic alliances have changed in a fast and drastic way the configuration of said chain, which is the object of this exploratory research. It sums up a large data and information base including interviews with executives, researchers and experts. Acquisitions and mergers prevail concerning horizontal and vertical integration; while strategic alliances prevail regarding technology partnerships focusing either new processes (mostly non equity agreements) or new products (mostly joint ventures). The results indicate the convergence of different economic sectors fostering a new organization model. A cadeia do açúcar tem sido um dos ícones da economia brasileira por séculos, mas mudou
de forma considerável desde a recente virada do século. O que era uma cadeia de produto
único (açúcar), formada por empresas familiares, se tornou uma cadeia de múltiplos
produtos (açúcar, etanol e bioeletricidade e outros), formada por empresas transnacionais
de diferentes setores. Desde meados de 2000, diversas aquisições, fusões e alianças
estratégicas estão alterando de forma rápida e drástica tal cadeia, objeto desta pesquisa
exploratória, que reúne ampla base de informações, incluindo entrevistas com executivos,
pesquisadores e especialistas da cadeia. Os resultados indicam um fenômeno singular: uma
convergência intersetorial alterando a organização da cadeia. Aquisições e fusões
predominam na integração horizontal e vertical; alianças estratégicas predominam em se
tratando de parcerias com ênfase em tecnologia, tendo por foco um amplo leque de
potenciais inovações em processo (baseadas principalmente em contratos) ou produtos
(joint ventures).