O Global e o Contextual na Gestão da Inovação e Aprendizagem Organizacionais em Multinacionais Brasileiras

Abstract

O objetivo do artigo é investigar os aspectos contextuais e globais influenciadores da inovação e aprendizagem decorrentes do fluxo de conhecimento em gestão resultante da interação entre matriz e subsidiárias de uma empresa internacionalizada por investimentos diretos no exterior (IDEs). O modelo de análise construído possui quatro dimensões: a internacional (diversidade cultural e política); a global (forças universalizantes de valores e práticas); a gerencial (capacidades e recursos gerenciais consolidados como melhores práticas na organização); e a interorganizacional (interação entre matriz e subsidiárias). Foram estudados cinco casos de empresas brasileiras internacionalizadas com sistemas de gestão implantados. Os resultados confirmaram a suposição de que a inovação e o aprendizado estão sujeitos a dois tipos de forças, operantes nos níveis nacional e organizacional: a convergente, relacionada a práticas organizacionais estandardizadas e globais; e a divergente, que insere o aprendizado como prática social sujeita às singularidades organizacionais e culturais.

This article intends to investigate global and contextual issues that influence the management learning and innovation in Multinationals. The model definition is operated by four perspectives: international, global, managerial and inter-organizational, related, respectively, to the cultural and political diversity; to the universal forces of practices and values; to the managerial capabilities and resources in the organization, and to the interaction between holding and subsidiaries and the resulted learning. A multiple qualitative case study was developed with five multinational Brazilian companies. The central supposition was validated, that the management learning and innovation derived from the interaction of holding and subsidiaries/colligates of Multinational corporation is supposed to be subject to convergent and divergent forces, the former related to global and standardized organizational practices and learning by the experience, and the latter, is subject to cultural and organizational singularities: the learning, in this case, is seen as a social practice.