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dc.contributor.authorM.T, Patrício
dc.contributor.authorH., Horta
dc.date.accessioned2021-05-27T15:55:48Z
dc.date.available2021-05-27T15:55:48Z
dc.date.issued2013
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/20.500.13048/775
dc.description.abstractNo ambiente global em que vivemos, as universidades estão cada vez mais a expandir as suas colaborações a nível internacional, por forma a potenciar o seu conhecimento, produtividade e estatuto mundialmente. Este processo é principalmente apoiado por governos que têm a noção dos benefícios resultantes de ter universidades nacionais integradas em redes globais de conhecimento. Para as universidades de investigação, as expectativas financeiras são geralmente a principal fonte de motivação para se envolverem em acordos de colaboração deste tipo. Os países desenvolvidos/em estádios intermédios de desenvolvimento tendem a investir muito neste tipo de colaborações, na esperança de conseguirem algum retorno social e económico, através da posterior contribuição das universidades de investigação para os seus sistemas científicos, inovacionais e educativos (Mok, 2008). São conhecidos muitos casos deste tipo. O acordo que permitiu à Universidade de Nova Iorque construir um pólo universitário em Abu Dhabi estabelecia que os custos de construção da escola fossem suportados pelo governo dos EAU (Emiratos Árabes Unidos), assim como um donativo no valor de 100 milhões de dólares (Ross, 2008). Contudo, nem todos estes modelos de colaboração têm sido totalmente bem sucedidos e são conhecidos vários casos de fracasso (Healy, 2008). Tendo em conta este cenário, as escolhas políticas ao nível da internacionalização têm uma grande importância, pois as expectativas, os riscos e as incertezas são altas (Wilkins and Huisman, 2012). Para os governos de países em desenvolvimento/intermédios, os recursos públicos são insuficientes e é muitas vezes politicamente complicado investi-los em universidades estrangeiras ricas. Estas situações tornam-se desastrosas no caso da colaboração internacional falhar (Becker, 2009). É neste contexto que o Programa de Parcerias Internacionais (PPI) celebrado entre Portugal e três prestigiadas universidades de investigação Norte-americanas mundialmente reconhecidas se torna importante. O PPI é uma colaboração estratégica de sucesso entre o MIT (Massachussets Institute of Technology), a CMU (Carnegie Mellon University), a UT-Austin (University of Texas in Austin) e um país de média- dimensão e poucos recursos, situado na periferia da Europa. Portugal não estava no topo da lista de países não-falantes de Inglês com os quais as universidades norte- americanas estabeleceriam parcerias (Kuder e Obst, 2009). As universidades Portuguesas também não eram praticamente sequer consideradas pelas universidades Norte-Americanas como hipóteses para parceiros-chave de investigação. Na altura em que se estavam a projectar as percerias internacionais, Portugal apresentava um baixo investimento na ciência, mão-de-obra pouco qualificada, e um sistema de ensino superior que enfrentava muitos desafios (Heitor e Horta, 2012), se bem que tinha também uma agenda ambiciosa para o desenvolvimento dos seus sistemas científico, económico e educativo (Heitor e Bravo, 2010). Em princípio, este cenário colocaria Portugal e as suas universidades, como uma opção arriscada para estabelecer parcerias com universidades de investigação de topo Norte-americanas. Um país assim não seria um grande investidor numa parceria internacional. Tratava-se de um membro da União Europeia com um índice de desenvolvimento humano muito elevado, mas o facto de ter uma economia atrasada e lenta, uma evidente fraca capacidade de investigação académica associada a um mercado estudantil reduzido, levanta a seguinte questão: como é que um país com estas características convenceu três universidades de investigação de topo Norte- Americanas a envolverem-se numa colaboração internacional? Ao destacarmos os pontos mais salientes nos processos de tomada de decisão destas parcerias, daremos um contributo para a literatura que estuda a definição, desenvolvimento e persecução de estratégias dentro do contexto geral da globalização do ensino superior. Este artigo centra-se no período compreendido entre o pré-estabelecimento e o estabelecimento efectivo das parcerias em 2006. Fá-lo com base num vasto leque de entrevistas feitas aos principais intervenientes envolvidos nos processos de tomada de decisão relativos às parcerias, tanto em Portugal como nos Estados Unidos.
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rightsAtribución-NoComercial-SinDerivadas 2.5 Perú
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/pe/
dc.subjectReforma
dc.subjectcrecimiento científico
dc.subjectcrecimiento tecnológico
dc.subjectPrograma de Asociación Internacional
dc.subjectUniversidades de investigación
dc.titleA Promoção do crescimento e reforma do sistema científico e tecnológico: o Programa de Parcerias Internacionais entre universidades de investigação Portuguesas e Norte-Americanas
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/conferenceObject
dc.relation.conferencedate27-31 de octubre, 2013
dc.relation.conferencenameXV Congreso Latino-Iberoamericano de Gestión Tecnológica
dc.relation.conferenceplacePorto, Portugal


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