Sistemas Regionais de Inovação: as tecnologias ambientais e o desafio de regiões periféricas
Abstract
Este artigo tem como objetivo demonstrar, através de exemplos internacionais, como os Sistemas Regionais de Inovação, especialmente aqueles relacionados com tecnologias ambientais, podem promover o desenvolvimento em países desenvolvidos com maior facilidade do que em países periféricos. Tais sistemas têm a capacidade de conjugar tecnologias de fronteira e ao mesmo tempo criar emprego e renda, em áreas correlacionadas, tanto para grandes empresas quanto para as de menor porte. Os sistemas analisados: North-Rhine Westphalia, Peterborough, Finlândia e Reino Unido, são especialmente interessantes, pois representam a diversidade de enfoques das políticas públicas e esferas de ação, desde a formação pelo mercado e apoio financeiro governamental, até organização total do estado ou regulação ambiental forte para alcançar os objetivos ambientais ou de mercado. Por outro lado, um sistema regional de inovação em uma área relativamente desenvolvida na periferia, como é o caso do estado do Paraná no Brasil, apresenta muitas possibilidades, mas ao mesmo tempo dificuldades na concessão de recursos governamentais em grandes quantidades, o que em outras regiões avançadas seria um problema pequeno. Os dados dessa pesquisa, para os países avançados são secundários, enquanto para o Paraná foi feita uma extensa pesquisa amostral entre as empresas e instituições governamentais. As experiências internacionais proporcionam exemplos práticos de implantação de sistemas regionais de inovação ambientais relativamente factíveis, no entanto existem barreiras em países periféricos que são difíceis de superar.