Inovações Sustentáveis: O Caso da Universidade Estadual de Campinas
Abstract
A partir do exemplo da Universidade de Campinas mostraremos, que mesmo sem uma
política específica voltada à promo
ção de tecnologias limpas, seus pesquisadores
estão gerando diversas inovações sustentáveis,
indicando
o enorme potencial de
desenvolvimento desta área no país.
Consideramos tecnologias sustentáveis, aquelas técnicas, processos ou produtos que
contribuam p
ara o atendimento das necessidades atuais sem comprometer o
atendimento das necessidades das futuras gerações (CMMAD, 1988).
No que tange à dimensão ambiental, temos as chamadas tecnologias limpas, que
podem ser definidas como processos ou produtos que evi
tam ou diminuem o impacto
ambiental ou substituem matérias
-
primas, recursos naturais ou energéticos (KEMP,
1997). A partir da concepção de tecnologia sustentável por nós adotado, incluímos
também as técnicas, produtos ou processos que se destinam à resoluç
ão de problemas
da dimensão social da sustentabilidade.
As razões para geração e adoção dessas tecnologias decorrem das motivações das
empresas, da crescente conscientização da sociedade a respeito do problema
ambient
al, dentre outras
(GUERIN, 2001)
. Port
er & Van der Linde (1995), confirmam
este diagnóstico, mostrando que a adoção de tecnologias sustentáveis é hoje uma
estratégia competitiva, sem a qual as empresas correm sérios riscos de perder
participação no mercado. Neste contexto, as inovações tecnoló
gicas têm papel central e devem ser estimuladas para que seu desenvolvimento e aplicação possam ocorrer
extensivamente
(
Bergh &
Kemp
,
2006)
.
Procuramos então observar o contexto brasileiro no que diz respeito aos estímulos
públicos existentes para a geraçã
o dessas inovações e o potencial de crescimento das
mesmas que são, em grande medida, desenvolvidas por instituições públicas de
pesquisa (Albuquerque, 2003).