Formação de Zonas de Coopetência como Condição para o Processo Inovativo em Empresas Tecnológicas Novo Entrantes
Abstract
O ingresso em mercados dominados por grandes organizações e conglomerados industriais normalmente envolve a presença de barreiras à entrada de outras empresas no ramo. As barreiras podem envolver custos produtivos e tecnológicos inerentes ao setor, o domínio do processo produtivo por organizações dominantes, as escalas produtivas, as limitações quanto à distribuição, a identidade de marcas, políticas públicas, dentre outras. Neste contexto, este ensaio discute a importância do processo inovativo como alternativa às empresas novo entrantes para superar as barreiras à entrada.e a formação das Zonas de Coopetência, regiões de união de competências e de cooperação empresarial, através do alinhamento estratégico de competências, como mecanismo para o adensamento do processo inovativo entre empresas tecnológicas novas entrantes. A união de competências de pequenas empresas permite que estas ingressem em mercados caracterizados por concorrência oligopolista e barreiras à entrada. O referencial teórico adotado relaciona o modelo schumpeteriano de três etapas (invenção ou descoberta – inovação – difusão) do processo inovativo (SCHUMPETER, [1942] 1988), a Cadeia de Valor de Porter (1990) visando a vantagem competitiva, intensiva em competências necessárias às atividades de melhoria nos processos que geram produtos ótimos, o alinhamento estratégico de competências (KAPLAN; NORTON, 2006) e a formação de Zonas de Coopetência (DIAS et all., 2004) para justificar a integração entre empresas novo entrantes, na qual dá-se a união de competências visando o completo processo inovativo, como condição para o ingresso em mercados altamente competitivos. Por fim, apresentam-se as considerações finais quanto à formação da Zona de Coopetência como condição para o processo inovativo em empresas novo entrantes.