Interação entre Empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia: O caso de uma Agência de Fomento
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Date
2019Author
Pereira, Daniel
Borges, Thiago
Yates, Sergio
De Oliveira, Guilherme
Vinicius, Marcus
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No início dos anos 2000, a política de inovação começou a fazer parte do contexto brasileiro de ciência e tecnologia. Por ser formulada neste ambiente, esta política mostrou pouca conexão com o meio empresarial. Dessa forma, o financiamento de atividades de inovação a partir de um conselho de pesquisa pode apresentar nuances que requerem um olhar crítico. Este artigo traz um panorama geral sobre a evolução do ambiente de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e contextualiza questões observadas na análise do caso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro no período de 2007 a 2017. A referida fundação foi criada como uma agência de financiamento para atividades científicas e, duas décadas após a sua criação, incorporou uma nova diretoria para cuidar especificamente de ações voltadas para a inovação. A análise apresentada traz 50 editais com foco em inovação em empresas e 2.217 projetos contemplados ao longo desse período. Em uma análise aprofundada sobre esses projetos, verifica-se que apenas 6% são projetos executados por empresas em parceria com ICTs. A imensa maioria das propostas trazem os atores de forma isolada, dificultando o processo de inovação tecnológica. Nas conclusões, são refletidas as decisões estratégicas tomadas pela fundação no financiamento destas atividades, optando por alargar o conceito de inovação para aumentar o alcance das políticas realizadas. Por consequência, as sinergias entre atividades científicas e de inovação se embaçam, gerando impactos na governança do processo como um todo.