Analisé do Padrao Estratégico da Pesquisa Agrícola em Santa Catarina, a Luz Dos Modelos de Desenvolvimiento Vigentes No Brasil (1975-1998)
Abstract
Santa Catarina é um dos principais Estados brasileiros produtores de alimentos, apresentando altos
índices de produtividade por área, graças ao emprego de tecnologias de ponta e ao caráter familiar
predominante em sua estrutura fundiária. A pesquisa agrícola realizada no Estado tem contribuído para
colocá-lo nessa posição de destaque, por meio da geração e adaptação de tecnologias que têm permitido a
expansão do volume de produção, o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade dos principais
produtos agrícolas. Assim sendo, este artigo faz uma análise das estratégias adotadas pelas organizações
responsáveis pela pesquisa agrícola no Estado de Santa Catarina – Brasil, de 1975 até os dias atuais.
Para tanto, utilizou-se do conceito de “padrão estratégico” de Mintzberg, ou seja, o conjunto das estratégias
efetivamente realizadas; este conceito engloba todas as estratégias, planejadas ou não, e que são observadas
na consistência do comportamento organizacional ao longo do tempo.
Metodologicamente, o trabalho é um estudo de caso, onde foram utilizados dados quanti-qualitativos. Ou
seja, as autoras recorreram a relatórios, documentos institucionais e outros trabalhos analíticos, como
dissertações, artigos, etc. para obter os dados secundários. Quanto aos dados primários, foram obtidos por
meio de informações pontuais e depoimentos prestados pelos funcionários das organizações pesquisadas.
O pressuposto desse estudo foi de que a análise dos fenômenos organizacionais torna-se mais rica a partir de
uma perspectiva que inclua o contexto político e econômico do país. Dessa forma, as autoras analisaram o
caso tendo como pano de fundo os modelos de desenvolvimento brasileiro.
Das análises realizadas, concluiu-se que os padrões estratégicos observados são coerentes com os modelos
de desenvolvimento do país: em um primeiro momento, um padrão de crescimento, consistente com o
período conhecido como “o milagre brasileiro”; em um se
gundo momento, uma maior participação do setor
privado na condução da pesquisa agrícola, compatível com a filosofia neoliberal.