Sistemas de inovação regionais: a estrutura científico-tecnológica de minas gerais
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Author
Morais Pereira, Rafael
Rodrigues Marques, Humberto
De Oliveira Garcia, Marcelo
Gava, Rodrigo
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As políticas públicas para a inovação sugerem um caminho aberto à investigação das relações
de coordenação e de cooperação, visto que ocorrem de forma crescente a partir de redes de
interação e colaboração, caracterizando os Sistemas de inovação, considera
ndo a perspectiva
tanto nacional quanto regional (CASSIOLATO; LASTRES, 2005; ETZKOWITZ;
LEYDESDORFF, 2000). Em Minas Gerais, foi instituída, em 2008, a Lei n° 17.348, conhecida
como Lei Mineira de Inovação, que dispôs sobre o incentivo à inovação tecnológi
ca no estado,
o que impulsionou maiores investimentos e interações para a inovação (MCTI, 2013). O
objetivo geral deste artigo
foi
analisar a estruturação para a inovação do estado de Minas Gerais,
mapeando as instituições que atuam em prol da inovação no
estado. Metodologicamente, foi
utilizada uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo, e como modelo teórico
-
operacional,
considerou
-
se as dimensões dos sistemas regionais de inovação apresentadas por Sousa Júnior
(2014): científica, tecnológica, interme
diação, capacitação e gestão empresarial, financiamento
e governança. Os resultados demonstraram o quão complexa e diversa é a estrutura mineira
para a inovação, com a identificação de 61 instituições. Os principais aspectos constatados
foram as estruturas
consolidadas das instituições; a representatividade da dimensão científica;
a presença de diferentes áreas de atuação; o reconhecimento de objetivos comuns e, por fim,
ressaltou
-
se a interação entre os atores por meio de redes de pesquisa científica. Como
implicações deste estudo, concluiu
-
se que a pluralidade de instituições aliada a competências
organizacionais bem definidas revela, a priori, um sistema de inovação maduro, sobretudo, em
termos de infraestrutura dos atores. Por outro lado, as preocupações
devem se concentrar em
questões de interatividade do sistema, visto que os agentes agem diante de objetivos comuns,
mas apresentam formas de atuação típicas de suas áreas de atuação, variação que tende a
deixarem
-
nos pouco articulados e mantendo comportam
entos já cristalizados.